19 de dezembro de 2015

Melhores do ano (Best Classical, Jazz and World Music recordings of 2015)



Cavalieri: Rappresentatione di Anima & di Corpo (Concerto Vocale, Akademie für Alte Musik Berlin, Jacobs; Harmonia Mundi)
Britten/Barber: Piano Concertos; Nocturnes (Roe, London Symphony Orchestra, Tabakov; Decca)
Rihm: Et Lux (Huelgas Ensemble, Minguet Quartett, Nevel; ECM)
Adams, J. L.: THE Wind in High Places (JACK Quartet; Cold Blue Music)
Venecie Mundi Splendor (La Reverdie ; Arcana)
Murail: Le Partage des Eaux; Contes Cruels; Sillages (BBC Symphony Orchestra, Netherlands Radio Philharmonic, Valade; Aeon)
Janácek/Smetana: String Quartets (Takács Quartet; Hyperion)
Wolfe: Anthracite Fields (Bang on a Can All-Stars, Choir of Trinity Wall Street; Cantaloupe)
Lutoslawski: Piano Concerto; Symphony Nº 2 (Zimerman, Berliner Philharmoniker, Rattle; Deutsche Grammophon)
Shostakovich: String Quartets (Borodin Quartet; Decca)

Menções honrosas: num triplo CD (Sony), Igor Levit a promover a tolerância por intermédio da variação, via as Goldberg (Bach), as Diabelli (Beethoven) e aqueloutras que Rzewski compôs a partir de ‘El pueblo unido, jamás será vencido!’; Savall em “Guerra & Paz” (Alia Vox); Kim Kashkashian, Sarah Rothenberg, et al., na “Rothko Chapel” (ECM), de Feldman, evocando um espaço para se “meditar em solidão”; Staier nos “Concertos para Cravo”, de Bach (Harmonia Mundi); Pintscher e o Ensemble Intercontemporain em obras de Ligeti e Bartók (Alpha); o Ensemble Odyssee em “In Officio Defunctorum”, de Gaetano Veneziano (Pan); o Orlando Consort consagrado a Compère (Hyperion); Emmanuelle Bertand, a sinfónica de Lucerna e James Gaffigan em “Tout un monde lointan”, de Dutilleux (Harmonia Mundi); o “Requiem” de Dvorák por Herreweghe (Phi); Ashkenazy e Lisitsa na integral de Scriabin (Decca).

Kenny Wheeler/John Taylor “On the Way to Two” (CAM Jazz)
Marilyn Crispell/Gerry Hemingway “Table of Changes” (Intakt)
Fred Hersch “Solo” (Palmetto)
Eve Risser “Des pas sur la neige” (Clean Feed)
Henry Threadgill Zooid “In For a Penny, In For a Pound” (Pi Recordings)
Stanley Cowell “Juneteenth” (Vision Fugitive)
Jack DeJohnette “Made in Chicago” (ECM)
Rudresh Mahanthappa “Bird Calls” (ACT)
Barry Altschul’s 3dom Factor “Tales of the Unforeseen” (TUM)
Schlippenbach Trio “Features” (Intakt)

Em catalyticsound.com, Brötzmann, Gustafsson, Love, McPhee e Vandermark, mais que ininterruptas solicitações às suas carteiras, promovem um contínuo chamamento à capacidade que cada visitante tem de hierarquizar o que aí vê. Em proporções mais modestas, mas nem por isso menos inexplicáveis, a Leo prossegue a documentação do pico criativo de Ivo Perelman: 21 discos nos últimos quatro anos! Com semelhante inclinação para o extraordinário permanece a Clean Feed, com 43 lançamentos em 2015, entre os quais se notabilizam os de Mario Pavone, Benoît Delbecq, Simon Nabatov/Mark Dresser e Evan Parker/Joe Morris/Nate Wooley. Nas multinacionais: reedições de reedições. Nos 40 anos da Hat Hut tornam a catálogo clássicos de Cecil Taylor ou Anthony Braxton. Ao CD voltou a Xanadu. Foram-se Mark Murphy, Dave Pike, Phil Woods, John Taylor, Howard Rumsey, Masabumi Kikuchi ou Ornette Coleman.

Zomba Prison Project “I Have No Everything Here” (Six Degrees)
V/A “Senegal 70” (Analog Africa)
Hongthong Dao-udon “Bump Lam Phloen” (EM)
Elza Soares “A Mulher do Fim do Mundo” (Circus)
Anouar Brahem “Souvenance” (ECM)
Boubacar Traoré “Mbalimaou” (Lusafrica)
Juçara Marçal & Cadu Tenório “Anganga” (Quintavant/Sinewave)
Bassekou Kouyaté & Ngoni Ba “Ba Power” (Glitterbeat)
Mary Afi Usuah “Ekpenyong Abasi” (Voodoo Funk)
Passo Torto & Ná Ozzetti “Thiago França” (YB)

Dir-se-ia reservado para cultores do insólito, mas, de repente, e mais que público, eis que a nomeação para os Grammy acrescenta pungência a este CD gravado entre os homens e as mulheres da Prisão de Segurança Máxima de Zomba, no Malaui, ao mesmo tempo que diz alguma coisa acerca do mercado de música do mundo. Fora isso, e apesar de mais um ano a ferro e fogo, cá está a embaixada maliana do costume, à qual se poderiam adicionar os nomes de Samba Touré, Songhoy Blues, Kandia Kouyaté ou Ballaké Sissoko. Também um período histórico de transição levou Anouar Brahem a “Souvenance”, com data de 2014 mas lançado entre nós em janeiro passado. À tríade arquivista deveria acrescentar-se Amara Touré e E. T. Mensah. Por fim, três representantes brasileiros lembram que, aí, e parafraseando Belchior, não se vive só dos estados de alma de rapazes e raparigas latino-americanos com parentes importantes.

4 comentários:

  1. Onde se encontram à venda os discos “brasileiros” que coloca na sua lista?
    Elza Soares “A Mulher do Fim do Mundo”, Jussara Marçal & Cadu Tenório, Passo Torto & Ná Ozzetti “Thiago França”.
    Grato

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  2. Bom dia, Manuel.

    Do "Anganga" creio que não exista a edição física:
    https://quintavant.bandcamp.com/album/qtv-013-anganga

    Já de "A Mulher do Fim do Mundo" e "Thiago França", cuja distribuição digital também é gratuita (links abaixo), terá de procurar os CDs nas lojas. É possível que a Locomotiva os tenha (www.locomotivadiscos.com.br).

    http://www.passotorto.com.br/site/Downloads.html
    http://www.naturamusical.com.br/jplayer/13680

    Um abraço,
    João Santos

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    1. Obrigado, João Santos.
      Já estão 2 encomendados da Locomotiva ( ainda sou daquela espécie rara que compra discos!)...
      Abraço
      Manuel

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    2. E há muito áugure por aí a vaticinar-lhe a extinção!
      Um abraço!

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