21 de setembro de 2019

Agenda: Rentrée


Muito bem: “Jazz & Clássica”. Então, porque não começar por combiná-las? Chega dia 18 de outubro às lojas “Remember Me, My Dear”, uma gravação ao vivo procedente da ‘digressão de despedida’ de Jan Garbarek com o Hilliard Ensemble. Parece que se está a falar de velhas glórias do rock em fim de carreira – mas, na verdade, que agente numa ou noutra música se pode gabar de ter vendido mais de um milhão de exemplares de um disco seu? Nos dias que correm, de facto, só mesmo uma mistura tão fermentada como “Officium” (1994) para espevitar o mercado. Claro que quem prefira o equivalente musical ao composto que se forma a partir da parte insolúvel da matéria orgânica, entretanto, pode esperar por novembro, altura em que a Universal lançará “Beethoven 2020 – The New Complete Edition” e a Warner “Beethoven – The Complete Works” em antecipação do 250º aniversário do mestre. No jazz, já se sabe, não há bustos tão robustos: ainda assim, por mais que se assinalem iminentes edições de Bill Frisell (“Harmony”), Dave Holland (“Good Hope”) e Abdullah Ibrahim (“Dream Time”), terá de se reservar nos escaparates muito espaço para os novos discos (?!) de Miles Davis (“Rubberband”) e John Coltrane (“Blue World”). Agora, quem considere que a música não deve depender de qualidades tão controláveis pode sempre ir vê-la ao vivo. Miguel Zenón (Hot Clube e Angra Jazz), Frank Kimbrough (idem), Brad Mehldau (Caldas Nice Jazz, Figueira da Foz e CCB) ou Dave Douglas & Uri Caine (Caldas Nice Jazz e CCB) estão quase aí a chegar e, depois, há festivais como o Seixal Jazz (de 17 a 26 de outubro, destacando-se Kenny Barron ou Ralph Towner), o Outono em Jazz (na Casa da Música, de 13 de outubro a 4 de novembro, com relevo para Art Ensemble of Chicago) e o Guimarães Jazz (de 7 a 16 de novembro, com as presenças de Charles Lloyd, Vijay Iyer & Craig Taborn ou Joe Lovano). Ao piano, na Gulbenkian: Seong-Jin Cho (13.10), Arcadi Volodos (10.11) e Nikolai Luganksy (02.12).

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