23 de dezembro de 2016

Melhores do ano (Best Classical, Jazz and World Music recordings of 2016)



De Lescurel: The Love Songs of Jehan de Lescurel (Ensemble Céladon, Paulin Bündgen; Ricercar)
Gubaidulina: Sonnengesang (NDR Chor, Philipp Ahmann; BIS)
Tallis: Spem in Alium (The Cardinall’s Musick, Andrew Carwood; Hyperion)
Abrahamsen/Griffiths: Let Me Tell You (Barbara Hannigan, Symphonieorchester des Bayerischen Rundfunks, Andris Nelsons; Winter & Winter)
Des Prez: Missa di Dadi (The Tallis Scholars, Peter Phillips; Gimell)
Schnittke: Penitential Psalms (Rias Kammerchor, Hans-Christoph Rademann; Harmonia Mundi)
Sorensen: It Is Pain Flowing Down Slowly on a WhiteWall (Frode Haltli, Trondheim Soloists; ECM)
Shostakovich: Cello Concertos (Alisa Weilerstein, Symphonieorchester des Bayerischen Rundfunks, Pablo Heras-Casado; Decca)
Schubert: String Quintet – Lieder (Quatuor Ebène, Gautier Capuçon, Matthias Goerne; Erato)
Beethoven: Symphonies 4 & 5 (Concentus Musicus Wien, Nikolaus Harnoncourt; Sony)

Menções honrosas: René Jacobs a comandar Güra, Im, Kohlhepp, et al, em “Johannes Passion”, de J. S. Bach (Harmonia Mundi); mantendo as coisas em família, Ophélie Gaillard e a orquestra Pulcinella num segundo volume consagrado a opúsculos de C. P. E. Bach (Aparté); Herreweghe e o Collegium Vocale Gent no “Sesto Libro di Madrigali”, de Gesualdo (Phi); o Orlando Consort dedicado à obra de Machaut, em “A Burning Heart” (Hyperion); na mesma editora, Steven Osborne com Feldman e Crumb e Marc-André Hamelin e o Takács Quartet no “Quinteto para Piano”, de Franck; o quarteto Silesian na integral de Bacewicz (Chandos); Vox Luminis em Requiems de Kerll e Fux (Ricercar); Isabelle Faust e o Il Giardino Armonico nos “Concertos para Violino”, de Mozart (HM); na Erato, dois intérpretes em estado de graça: Alexandre Tharaud a tocar Rachmaninov e Renaud Capuçon a estrear peças de Rihm, Dusapin e Mantovani.

Henry Threadgill/Ensemble Double Up “Old Locks and Irregular Verbs” (Pi Recordings)
Peter Evans Quintet “Genesis” (More is More)
Wadada Leo Smith “America’s National Parks” (Cuneiform)
Peter Brötzmann/Heather Leigh “Ears Are Filled With Wonder” (Not Two)
Mark Dresser Seven “Sedimental You” (Clean Feed)
Ivo Perelman/Matthew Shipp “Corpo” (Leo)
Akira Sakata, Johan Berthling, Paal Nilssen-Love “Semikujira” (Trost)
John Butcher, Thomas Lehn, Matthew Shipp “Tangle” (Fataka)
Michael Formanek – Ensemble Kolossus “The Distance” (ECM)
Fred Hersch Trio “Sunday Night at the Vanguard” (Palmetto)

Menções honrosas: por menos que se deem por eles, o ano fica marcado por abalos sísmicos da magnitude de “Momentum 1” (6 CD de Vandermark) e da meia dúzia de volumes de “The Art of The Improv Trio”, de Perelman; por falar em trio, a morder os calcanhares a este Top10 estão os de Lindberg (“Born in an Urban Ruin”), Eskelin (“Willisau – Live”), Schlippenbach (“Warsaw Concert”) e Rodrigo Amado (“Desire & Freedom”); dos arquivos vieram peças fascinantes do Spontaneous Music Ensemble ou de Jimmy Giuffre (Emanem), de Joe McPhee (Corbett Vs. Dempsey), de David S. Ware (Aum), de Peter Kuhn (NoBusiness) ou da orquestra de Thad Jones e Mel Lewis (Resonance), mas nada colocou a aparelhagem a levitar como o quarteto de Nathan Davis, Larry Young, Woody Shaw e Billy Brooks em “In Paris: The ORTF Recordings”; foram-se Paul Bley, Gato Barbieri, Don Friedman, Connie Crothers, Bobby Hutcherson, etc., etc.

Metá Metá “MM3” (Jazz Village)
Suthep Daoduangmai Band “Come My Brother, Let’s Go ToThe City!” (EM)
Hailu Mergia & Dahlak Band “Wede Harer Guzo” (Awesome Tapes From Africa)

Menções honrosas: a Dust-to-Digital foi à caverna mágica da Biblioteca do Congresso dos EUA e saiu de lá com um tesouro, “Music of Morocco: Recorded by Paul Bowles, 1959”; não querendo deixar créditos por mãos alheias, outros espeleólogos responderam com gemas como “Every Song Has Its End: Sonic Dispatches From Traditional Mali” (Glitterbeat), “Tanbou Toujou Lou: Meringue, Kompa Kreyol, Vodou Jazz, & Electric Folklore From Haiti 1960-1981” (Ostinato) ou “Kenya-Congo Connection: From the Archives of Audio Productions, Nairobi” (No Wahala Sounds), mas o milagre maior foi o da Resonance, que, através de “Getz/Gilberto ‘76”, deu ao mundo mais uma pedra preciosa de João Gilberto; por fim, quem quiser explorar o filão do afro disco nigeriano tem Tee Mac na Soul Jazz e as reedições de Berkely Ike Jones, Benis Cletin, Aleke Kanonu, Funkees, Harry Mosco, Jake Sollo ou Oby Onyioha na Presch Media.

Sem comentários:

Enviar um comentário